Pronto. Tá postado....
Depois de muito tempo sem texto é hora de postar coisa nova...
O olho do mundo...
E esse olhar é pra todas as bundas. Grandes, pequenas, redondas ou quadradas. Todos a olham. Esse magnetismo acontece também quando um grupo de amigos está conversando e um deles sai antes de todos os outros. Logo depois que essa pessoa dá as costas todos dão uma olhadinha para a sua bunda. Mas também é de se olhar pra onde? Pro cotovelo? Pra parte detrás do joelho, que não tem nem nome? Por isso meninas, nem se iludam. Sua bunda vai sim passar por uma avaliação. Então tratem de dar atenção à aparência de suas nádegas. Verifiquem se a calça tá muito frouxa, se o cofre aparece, se tem chiclete grudado. Não dedique todo o tempo que passa diante do espelho só para o rosto e o cabelo. Olhe para a sua bunda! Afinal, a bunda reflete a forma como somos vistos. É o olho do mundo...
* Clarisse, não fique com raiva. Eu não olho tanto assim para as bundas...
Eu não entendo...
É, percebí que o blog ainda não é grande o suficiente pra começar séries, com participação grande de leitores mandando respostas. Somente três pessoas comentaram sobre o que elas não entendem..
Mas vou continuar tentando! (só mais uma vez...)
Vou colocar aqui as respostas que me mandaram através dos comentários e mais abaixo vou escrever mais sobre o que eu não entendo.
A Manu escreveu o seguinte: Eu não entendo porquê 99,9% dos Stand Ups começam com 'eu não entendo'.
Manú, na verdade não é a grande maioria do pessoal que faz Stand Up que faz o número do "eu não entendo", e os que fazem deixam pro final do show...
A Lídia disse: Eu não entendo desafios
Alguém entendeu??
E finalmente o Marcel (Q pelo) mandou: Eu não entendo a cabeça de uma pessoa que cria músicas para brincandeiras infantis, tais quais: "Aranha, papapapa, caranguejeira,, papapa, que bixa feia...", ou então um "Nescafe com chocolate, formam um suco de tomate, adoleta puxa o rabo do tatu, quem saiu foi tu...";Aonde ele arranja inspiração? Como ele consegue fazer letras tão sem sentido e que conseguem casar com as brincadeiras? Vai dizer que um dia uma dessas mentes, estava tomando seu leitinho quente e assisitindo o domingao do faustao (sim, pois criações do tipo so podem ser regadas de algo dai para baixo) e pensou: -"Mas se de repente juntasse algumas crianças e em unissono gritassem: "Atirei o pau no gato-to, mas o gato-to..."
É aquela coisa né Q pelo...
Eis mais algumas coisinhas que eu realmente não entendo...
Eu não entendo...o zelador do prédio onde eu moro. Todo dia ele bate lá em casa pra pegar o lixo. Quando o entrego ele diz: "Obrigado!" Por que?? O que foi que eu fiz de legal pra ele me agradecer? Ele parece que gosta do lixo da minha casa. Às vezes ele faz uma cara como se fosse comentar alguma coisa. Eu fico pensando que tipo de comentário ele pode soltar. "Opaa, lixinho bom hoje hein? Chei de papel higiênico..do jeito que eu gosto!" Também penso no dia que eu não tiver lixo para entregar. Será que ele vai ficar puto e em vez de me agradecer vai me xingar? Não entendo...
Outra coisa que eu não entendo são as lojas Insinuante. Que conceito de marketing é esse que faz uma loja que vende sofás, camas e computadores levar um nome desses? Parece nome de loja de calcinha! O que é que um fogão tem de insinuante? Uma lavadora de roupas... Ah, talvez sejam as camas! Alguém pensou putaria quando soube que lá iria vender camas também e pensou :"Bota Insinuante!" Não entendo...
Now, for the last time, digam vocês também o que não entendem.
Reticências...
Como notaram já estou um pouco sem inspiração (na verdade é sem tempo..) pra escrever mais coisas. Por isso vou hoje vou postar um texto bem legal que eu achei no Usina de Letras sobre as reticências...escrito pelo Leopoldo Luís Sliwak. O texto fala bem sobre o que eu penso sobre as reticências. Como elas guardam muitos significados e proporcionam muita imaginação...
Segue:
As reticências são representadas por três pontinhos colocados estrategicamente no final da frase, e o seu significado fica por conta da imaginação do escritor e principalmente do leitor que não são necessariamente a mesma coisa, ou seja, o que o escritor imaginou não é, na maioria das vezes, a mesma coisa que cada leitor imagina, o que é uma coisa maravilhosa, porque dependendo de quem lê ou de quem escreve, a estória pode ter um final diferente, o que quer dizer que cada estória tem, via de regra, diversos finais.
(....)
Por isso mesmo eu acho que três pontinhos é muito pouco diante do alcance ilimitado deste fabuloso sinal de pontuação.
Uma coisa que sempre me intrigou é porque as reticências são representadas por três pontinhos e não por quatro, cinco, quinhentos ou mil? Até porque há coisas que nem mil pontos seriam capazes de nos fazer imaginar.
(...)
Embora guardem alguma semelhança com as lacunas, as reticências se diferenciam destas por serem representadas por apenas três pontinhos enquanto que as lacunas podem ser representadas por diversos pontinhos ou até mesmo tracinhos cuja quantidade depende do que vai ser escrito sobre elas e também porque a resposta para as lacunas geralmente é única ao contrário das reticências que admitem conclusões variadas.
(...)
Uma vez me dei ao trabalho de observar as pessoas na rua e pude constatar que as reticências vistas nos olhos das pessoas são muito mais fáceis de decifrar do que as escritas no papel, porque dependendo da posição e da direção para a qual se aponta os olhos e também da expressão do rosto é fácil entender o que significam aqueles três pontinhos saindo ziguezagueando das mentes dos seres humanos, o que não ocorre no papel.
Curioso que no dicionário a palavra reticências significa interrupção do pensamento, com o que absolutamente não concordo, pois as reticências interrompem a fala de alguém e não o pensamento, muito pelo contrário, dão asas a ele.
Rendo então minhas sinceras homenagens a esse que é sem dúvida o mais livre e progressista dos sinais de pontuação, ele é mesmo um anarquista, é aquele que representa a criatividade e a imaginação, contrariamente a outros que são rígidos, duros e às vezes até mal educados. Assim, despeço-me de todos aqueles que leram este texto desejando que vocês vão..., estimando que todos vocês... e esperando ardorosamente que vocês tomem... Fica por conta da sua imaginação!!!"
* Cadê as sugestões para o "eu não entendo..."?
Eu não entendo...
Inspirado na série que fazem no show de stand up "Comédia em Pé" resolví imitar começar a série aqui no blog também. Funciona assim: eu vou começar falando algumas coisas do nosso cotidiano que eu não entendo e fazendo um comentário sobre elas. Depois, vocês vão me dizer através dos comentários algumas coisas que vocês também não entendem, e as que eu considerar mais legais e realmente difíceis de entender vão virar um post. Começo eu:
Eu não entendo...aqueles fones de ouvido pra celular. A função original dele é fazer com que as pessoas fiquem com as mãos livres enquanto conversam no celular. Dá pra atender o celular apenas apertando um botãozinho no fone e conversar sem precisar tocar as mãos no aparelho. Então por quê será que tantas pessoas ficam segurando o fone na mão? Já ví até algumas pessoas que ficam com a mão direita no ouvido e a esquerda no bocalzinho do fone. Acabam ocupando as duas mãos. Se fosse segurar só o celular precisaría apenas de uma mão....Dá pra entender?
Segue um vídeo de exemplo do que fazem no "Comédia em Pé". Muito bom!
Eu preciso aprender a comentar assim...
Não desmerecendo todos os outros comentários (muito obrigado!) mas o comentário do Thiago merece virar um post. É a resposta dele ao meu post anterior...
Segue:
Tu escreveu muita coisa.
Tu sabe alguma coisa.
Tu aprende, Coisa.
Tu vai verr como o buraco negro é uma coisa.
Tu ouve muita coisa boa.
Tu não diz coisa com coisa.
Tu ainda não fez coisas?
Blefe para conseguir coisas.
Tu é uma forma de carbono.
Me desculpem...
Eu preciso saber alguma coisa...
Eu preciso aprender alguma coisa...
Eu preciso ver alguma coisa...
Eu preciso ouvir alguma coisa...
Eu preciso dizer alguma coisa...
Eu preciso fazer alguma coisa...
Eu preciso ter alguma coisa...
Eu preciso ser alguma coisa...
Eu preciso da minha mãe...
Humor negro...
Época de Sufrágio
De dois em dois anos é isso. Muros pintados. Propaganda massiva na TV. Gente balançando bandeira nos cruzamentos (eu já fiz isso sabia?). E os candidatos mais absurdos emergem nessa época. Gente sem noção, com slogans sem noção. Como esse:
O nome do partido é PBL. O que significaria PBL? Partido dos Baitolas Liberais? Partido da Boiolagem Livre?
Eu acho engraçado também um candidato à prefeito aqui de Fortaleza. Ele se diz diferente dos outros candidados por não ser essencialmente um político, e sim, acima de tudo, um Administrador. O curioso é que o nome dele é Luiz Gastão...
* Obrigado Fortaleza...
Mais ódio...
Tic-tic nervoso...
* Tem muito mais coisa, mas muitas vezes tenho raiva de escrever também. Acho que o texto nunca tá bom...
Há disfarce e malícia...
Ode ao Nadismo
E tem aqueles dias que a gente só quer ficar em casa sem fazer nada. Nada mesmo. Nem ler, nem escrever, nem falar, nem pensar. Só nadar. E é fazer nada, não como um descanso pra poder voltar à rotina com todo o pique, é fazer nada por fazer nada mesmo. Sem pressões. É o dia pra esquecer os livros a serem lidos, o cabelo que tá grande e feio, os ônibus, as pessoas exageradamente felizes, as contas a serem pagas e o sol quente lá fora. Tudo isso dá lugar ao simples prazer de nada fazer. Tudo é nada.
São dias que planejo estrategicamente. Começo ligando para o trabalho e conto da minha terrível dor de barriga. (voz embargada, sofrida e que dá pena...-> ) "-Ei, to ligando só pra dizer que eu acho que não vai dar pra eu ir hoje não viu? Já tava até arrumado pra ir mas o negócio pegou de jeito aqui. Mas qualquer coisa, se eu melhorar, eu passo ai...". Sempre acreditam. E ainda me recomendam ficar em repouso. Pode deixar...
Tomo café da manhã às 11. Ligo o computador. Dessa vez, não pra estudar nem pra fazer trabalhos a serem entregues na aula. Nessa hora meu computador só reconhece o Orkut, o MSN e o Youtube. Ver tudo no Youtube fazendo nada me faz sentir como um rei antigo, que recruta mágicos, eunucos e dançarinas só pra me entreter enquanto permaneço, soberano e imóvel, em meu trono.
Depois de sentir meus joelhos reclamarem o fato de estarem há muito tempo na mesma posição, cedo, e vou atender aos insistentes pedidos da minha barriga por algum alimento. Depois da refeição me entrego à cama e à TV. Como um deficiente físico, me limito a um movimento de dedo. O dedo que muda os canais.
Desligo o celular, não tomo banho, não mexo na mochila nem ajeito meu cabelo. Aperto o pause na máquina do cotidiano e a rotina vai procurar abrigo em outros humanos. Não em mim. Não hoje. Hoje é dia de ser inútil, sem que eu ache que não tenha utilidade. É dia de eu ligar o “foda-se” sem que eu pense ser inconseqüente. É dia de eu lembrar de mim.
Mas é só um dia. Raro. Difícil de acontecer e, por isso, tão valorizado.
* Eita, lembrei que tenho três livros pra ler, dois trabalhos pra entregar na facu e minha chefe pediu um relatório até sexta-feira...
UÍÍ BÁ BÁ BÁ RÔ BÔ , BÁ BÁ BÁ RÔ BÔ!
Não há disfarce nem malícia...
Procurei no dicionário o significado da palavra “sincero”. Tinha lá: “verdadeiro; que diz francamente o que sente; em que não há disfarce ou malícia”. Condiz com a minha atitude. Sempre fui sincero. Sempre achei correto falar a verdade. Sempre falei espontaneamente. Mas essa característica já me gerou alguns problemas. Certa vez, quando estudante do 2° ano, fui advertido por minha professora de Inglês. O problema é que eu não sabia se ela realmente estava falando comigo ou com o cara do meu lado. Perguntei: “A senhora tá falando comigo?”. Ela: “Claro! Tá vendo outro Rafael por aqui?”. Respondi: “Pois então olhe pra mim professora. A senhora parece que tá é vesga...”. Reconheço que foi um pouco de falta de respeito mas sempre achei correto me portar dessa forma. Me aborrece perceber como as pessoas falam coisas que não são o que realmente pensam, só pra agradar, mesmo que eu implore por sinceridade.
Um dia desses a secretária da produtora onde eu estagio me disse: “Ai Rafael, tu sabe que eu te amo né? Tu me ama também né?” Respondí que não. Claro! Estou só há 2 meses no estágio, como eu posso amar a secretária?. Falei sobre isso com uma amiga e ela ficou abismada. “Rafael eu num acredito que tu falou isso não! Valha meu Deus!”. Isso porque (tá certo o uso do PQ?) as pessoas estão muito acostumadas com as regrinhas da sociedade. “Não fale isso, não faça isso, não ria, não chore...”. Entendo que a verdade muitas vezes dói. Não é fácil escutar de alguém o que não se enxerga. Mas a vida é dura. E a verdade, necessária. Pense comigo. Não seria bem melhor se você falasse praquela menina que você ficou que ela tem um beijo ruim, que ela faz movimentos estranhos com a boca e que ela leva a expressão “chupar língua” muito a sério? Você tem muito mais trabalho pra inventar um motivo razoável pra terminar o namoro do que se falasse a verdade. Aí você não fala e ela continua solta por aí, brochando muito homem e sendo muito infeliz, sem conseguir alguém, só porque ninguém teve a coragem de falar a verdade. Ser sincero só ajudaria
Por isso eu peço que sejam sinceros comigo. Me digam a verdade. Vai que eu tenho mal-hálito ou sou mais chato do que eu penso que eu sou. Isso vale também pra quando eu estiver com nariz sujo ou com o zíper aberto. Falem. Estou autorizando. E conclamo também a todos a exercitar a sinceridade no dia-a-dia.
Você pode, por exemplo, dizer que o almoço que te dão todo dia é muito insosso e você tem vontade de dar para o cachorro. Você também pode negar um pedaço do lanche que comprou e que tá com o gostinho que queria. Depois diga praquela outra pessoa que o barulhinho da dentadura dela te incomoda tanto ao ponto de você querer ir arrancar à força. Quando você estiver conversando uma coisa importante com seu melhor amigo, ou nem tão importante assim, mas que você não quer ser importunado e chega uma pessoa com um papo sem graça e inútil seja verdadeiro e diga: “Por favor, sai!”. Depois parta pro próximo estágio e diga pra sua amiga que não vai pro aniversário dela simplesmente porque não quer ir. Prefere ficar em casa vendo filmes do que estar lá escutando pagodão com aqueles amigos chatos dela. Tenha coragem e diga de peito aberto à professora: “Eu não fiz o trabalho porque eu não quis!”.
Exercite no seu cotidiano e incentive a prática. No começo vai ser difícil, penoso. Mas no final, dá certo. Se todo mundo fizer tudo certinho dá certo. Comece agora! Me diz sinceramente o que tu achou do texto...